Policial

PGR alega que limite de vagas na PMGO é discriminação contra mulheres

Em Goiás, 47 candidatas aprovadas em etapas do concurso alegam que foram eliminadas na última fase em razão de gênero. PGR entrou com ação

O concurso da Polícia Militar de Goiás (PMGO) iniciado em 2022 pode sofrer alterações, dependendo de como o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em 10 de outubro de 2023, a PGR entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), na qual pede liminar para suspender artigos de leis goianas que limitam a 10% o ingresso de mulheres na PMGO e no Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO).

Uma ação semelhante de autoria do PT resultou em um acordo no qual a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) se comprometeu a desconsiderar o limite de 10% para ingresso de mulheres na corporação e a formar uma lista de ampla concorrência no concurso em andamento.

Outro processo, que questiona o mesmo limite de 10% para o sexo feminino na Polícia Militar do Rio de Janeiro, levou à suspensão do concurso em andamento no estado fluminense. No total, a PGR apresentou ações contra 14 leis estaduais que preveem o mesmo índice de integrantes mulheres.

Em relação a Goiás, a PGR citou, no documento enviado ao STF, o Edital de Concurso Público nº 002/2022 para formação de soldado de 2ª classe da PMGO.

Segundo o órgão, ao destinar apenas 10% das vagas das corporações militares a candidatas do sexo feminino, “os dispositivos impedem que elas integrem até 90% dos cargos públicos correspondentes, reservando-os exclusivamente para homens”.

“Foi o que ocorreu no Edital de Concurso Público nº 002/2022, para ingresso no cargo de Soldado de 2ª Classe QPPM (combatente) da Polícia Militar do Estado de Goiás, em que foram disponibilizadas 151 vagas para candidatas do sexo feminino e 1.349 para candidatos do sexo masculino”, afirmou a PGR.

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